Preciso me preocupar com a conjuntivite?

20 março, 2018     Nenhum comentário     tech_4dmin

2018 mal começou e já podemos citar uma doença ocular que vem “causando”, para usar a gíria do momento: a conjuntivite, que é uma inflamação ou infecção da membrana externa do globo ocular e da superfície interna das pálpebras. Só em Minas Gerais já são 118 surtos notificados da doença apenas nesse início de ano. Para se ter uma ideia, nos doze meses de 2017 foram 180 surtos registrados em todo o estado.

Será que já é hora de se preocupar com a conjuntivite?

Em linhas gerais, essa é uma doença que pode aparecer a qualquer momento – e não funciona em situação de exclusão, ou seja, não é como se uma pessoa que já teve conjuntivite não pudesse mais apresentar essa enfermidade. O indivíduo não fica imune por ter tido outras conjuntivites prévias.

Será que eu tenho os sintomas?

Mesmo em cidades onde a conjuntivite tem se tornado muito presente, a única pessoa que pode fazer o diagnóstico correto da doença é o oftalmologista – ainda mais porque seus principais sintomas podem se assemelhar bastante a outros males oculares.

Os principais sintomas da conjuntivite viral são olhos vermelhos e lacrimejantes (ou apenas no olho afetado, se for o caso), inchaço das pálpebras, repentina intolerância à luz e visão embaçada e/ou borrada. Quando a causa da doença é viral, os olhos ficam com uma secreção esbranquiçada, que desaparece com o tratamento.

Já na conjuntivite bacteriana essa secreção é amarelada e muito presente nos olhos, que amanhecem pregados. Mas, com o tratamento correto, ela demora menos tempo para ir embora: em até uma semana ela costuma ceder ao tratamento, a não ser que se trate de uma forma mais resistente.

Se você apresenta um ou mais dos sintomas descritos, a conjuntivite é uma possibilidade – e aí a preocupação, além do seu tratamento, é com as formas de evitar o contágio de outras pessoas, já que ela pode ser facilmente passada de um agente a outro.

Por isso, assim que começar a sentir qualquer desconforto, vá ao médico para tirar as dúvidas, principalmente se você tiver crianças ou idosos em casa, população que sofre ainda mais com os sintomas desse mal, ou pessoas que já foram submetidas a cirurgias oculares, especialmente glaucoma. Afinal, se o olho for contaminado, a infecção poderá rapidamente se propagar para seu interior.

Como se prevenir da conjuntivite

Como dissemos, essa é uma doença contagiosa e a inflamação das conjuntivas, ou até sua infecção, pode acontecer através de vírus, bactérias, alergias ou agentes tóxicos. Em épocas de surtos, o risco de adquirir a doença aumenta bastante, embora muitos possam ficar imunes por razões diversas (falta de contato com portadores, maior resistência, etc.).

Se você já ouviu falar que a melhor forma de não pegar a doença é evitar olhar uma pessoa com conjuntivite nos olhos, cuidado: trata-se de um mito! Por mais absurdo que possa parecer, ainda tem muita gente que acredita que desviar o olhar de uma conjuntiva enferma é o que vai fazer com que vírus e bactérias mudem a sua rota…

Para diminuir suas chances de também ser acometido pela doença, evite usar maquiagens dos outros ou emprestar as suas, e não compartilhe toalhas de rosto. Além disso, lave as mãos com frequência e evite ao máximo o contato das mãos com os olhos. As pessoas com conjuntivite andam por aí pegando nas maçanetas das portas das lojas, das repartições públicas, dos bancos, dos carros, corrimãos de escadas… e a coisa mais fácil de acontecer é o contágio.

Se você morar em zonas de surto de conjuntivite, reforce os cuidados usando óculos de mergulho para nadar e evite frequentar piscinas sem cloro. Lagos, então, nem pensar. Se trabalhar com produtos químicos, não esqueça os óculos de proteção em casa.

Não use um colírio ou qualquer outro medicamento nos olhos sem receita médica. Simples assim: não é porque é fácil chegar na farmácia e escolher um colírio que ele está livre de lhe causar problemas.

Há sempre um lugar onde você pode ser atendido de emergência e fazer o tratamento correto sob orientação médica. Um tratamento inadequado, além de não resolver o problema, pode ter efeitos colaterais piores do que a própria conjuntivite, como, por exemplo, usar colírios de antibióticos e/ou corticoides por um tempo excessivo sem controle médico.

Portanto, em qualquer caso de dúvida, dor ou desconforto ocular severo, procure seu oftalmologista!

Mora em Belo Horizonte e quer se consultar com um oftalmologista de confiança? Conte com o COA!


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezessete + catorze =

Cadastre-se em nossa newsletter