Quando levar a criança pequena ao oftalmologista?

04 dezembro, 2018     Nenhum comentário     tech_4dmin

Você sabia que os primeiros anos de vida são os mais importantes para o desenvolvimento da visão?

É nessa fase que o sistema nervoso central recebe a melhor informação visual para que os neurônios relacionados à visão sejam desenvolvidos. Quanto mais tempo se demora em levar a criança ao especialista, mais difícil pode ser o tratamento.

Contudo, cuidar da saúde das crianças é um dos grandes desafios para os pais, principalmente os de primeira viagem. É difícil saber a hora de levá-las ao médico, ainda mais quando se trata de problemas nos olhos.

Toda e qualquer alteração na região ocular deve ser levada a sério, mas, infelizmente, nem todos os responsáveis se lembram disso. Alguns ignoram as queixas infantis e deixam a situação se resolver com o passar do tempo; outros utilizam soluções caseiras ou aplicam medicação sem receita médica.

Estamos aqui para te lembrar que saúde dos olhos é coisa séria!

Como identificar problemas oculares em criança pequena

O primeiro exame oftalmológico é feito logo após o nascimento da criança, ainda na maternidade. O chamado Teste do Olhinho é simples, indolor, não precisa de colírio e leva menos de 3 minutos para ser realizado.

O pediatra observa a cor das pupilas e o reflexo vermelho da retina. Caso haja algum obstáculo ou opacidade que impeça a entrada de luz no olho, o recém-nascido deve ser encaminhado ao oftalmologista para realização de exames específicos.

Esse teste é muito importante nos primeiros dias de vida, pois pode revelar problemas como catarata congênita, desvios oculares, tumores, glaucoma, estrabismos e infecções, além de outras condições.

A criança pequena, até 2 anos, não consegue expressar, de forma clara, o que está sentindo. Por isso, papais e mamães devem estar sempre atentos aos sinais de problemas oculares em crianças pequenas: geralmente, elas choram, levam as mãozinhas aos olhos com frequência, ficam agitadas e podem ter enjoos e dores de cabeça.

Além dessas condições, observe se ocorrem desvios repentinos dos olhos, lacrimejamento, reflexo esbranquiçado nos olhos nas fotos e dificuldade de fixar o olhar.

A partir dos 3 anos a criança já expressa verbalmente suas emoções e consegue relatar melhor suas queixas, ajudando muito no exame e na identificação de um possível problema.

Entendendo os sinais

No entanto, existem algumas alterações na visão que podem ser detectadas pelo olhar observador dos pais. Caso elas sejam identificadas, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista o mais rápido possível.

Algumas dicas para saber quando levar a criança ao oftalmologista:

  • Note se a criança não acompanha os movimentos dos objetos e da luz ao seu redor;
  • Ao fazer uma foto da criança, observe se a pupila (parte preta do olho) apareça branca;
  • É normal o bebê parecer estrábico nas primeiras semanas de vida, já que ele ainda não tem coordenação motora ocular para manter os olhinhos alinhados. Mas, se a partir dos 6 meses, esse sintoma não desaparecer, procure um especialista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento;
  • Se a criança apresentar coceira ou necessitar ficar muito perto da TV, computador ou do livro para enxergar melhor, pode ser que precise fazer uso de óculos;
  • Dificuldade de aprendizado e déficit de atenção podem estar ligados a problemas de visão.

Quanto mais cedo os pais perceberem qualquer pequena alteração na visão do bebê e o levarem ao oftalmologista, melhores serão as chances de um tratamento mais eficiente.

Contudo, não espere o problema aparecer. A sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que o acompanhamento oftalmológico deve ser semestral até os 2 anos. A partir dessa idade, as consultas são anuais até os 10 anos, quando há completa sedimentação da via neural relacionada ao sistema ocular.

O ditado popular é sábio: melhor prevenir do que remediar.

Não deixe de fazer o controle oftalmológico da sua criança, agendando uma consulta com os profissionais do COA.


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