Cirurgia refrativa não é para todos!



A cirurgia refrativa é uma opção moderna e altamente eficaz para quem deseja se ver livre dos óculos ou das lentes de contato. Com o uso de tecnologias a laser, o procedimento corrige erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, devolvendo ao paciente uma visão nítida e confortável.
No entanto, a cirurgia refrativa não é indicada para todos os casos – e isso não significa que você ficará sem tratamento. Cada olho é único e precisa ser avaliado com muito critério por um oftalmologista especializado.
A cirurgia refrativa é realizada, na maioria dos casos, com a tecnologia de laser excimer, que remodela a curvatura da córnea para permitir que os raios de luz se foquem corretamente na retina. Existem diferentes técnicas, como o LASIK, o PRK e o SMILE, cada uma indicada conforme o perfil do paciente.
É um procedimento rápido, indolor e seguro, com alta taxa de sucesso e recuperação visual em poucos dias. Ainda assim, não é uma solução universal, pois exige condições anatômicas e oculares específicas.
Contraindicações: quando a cirurgia refrativa não é indicada?
Alguns fatores tornam o procedimento inadequado ou até arriscado.
Veja os principais:
Córnea com espessura abaixo do normal
A espessura corneana é um dos critérios mais importantes para a cirurgia. Durante o procedimento, parte do tecido da córnea é removido para remodelar sua curvatura. Se a córnea for muito fina, o risco de complicações como ectasia corneana (afinamento progressivo da córnea) aumenta consideravelmente.
É por isso que todos os candidatos à cirurgia passam por exames topográficos e paquimétricos, que medem o formato e a espessura da córnea com precisão.
Doenças oculares como ceratocone, glaucoma e catarata
Pacientes com ceratocone (doença degenerativa que causa deformação na córnea) não devem se submeter à cirurgia refrativa, pois o procedimento pode acelerar a progressão da doença.
O mesmo vale para pessoas com glaucoma, que possuem alterações na pressão intraocular, e para aquelas com catarata, que afeta o cristalino, não a córnea – portanto, exige outro tipo de cirurgia.
Além disso, condições como síndrome do olho seco, herpes ocular e úlceras de córnea recorrentes também representam riscos importantes, pois podem comprometer a cicatrização e o conforto visual no pós-operatório.
Graus muito altos de astigmatismo ou refração instável
A cirurgia refrativa corrige astigmatismos de até certo limite (geralmente, até 5 ou 6 graus, dependendo da técnica e da avaliação do cirurgião). Em graus extremos, o laser pode não ser eficaz o suficiente para corrigir completamente o erro de refração ou pode comprometer a estabilidade da córnea.
Além disso, pacientes com variação de grau nos últimos 12 meses devem esperar até que a refração esteja estabilizada para considerar o procedimento.
E se eu não puder fazer a cirurgia refrativa?
Não se preocupe: mesmo que você não seja o candidato ideal para a cirurgia, existem alternativas eficazes e seguras. Entre elas estão os óculos com lentes personalizadas, as lentes de contato rígidas ou gelatinosas, inclusive modelos especiais para ceratocone e o implante de lente intraocular, em casos selecionados e com alto grau de miopia ou hipermetropia.
O mais importante é que você não abra mão de buscar tratamento e acompanhamento com um oftalmologista de confiança. A saúde ocular é individual – e precisa ser respeitada com responsabilidade.
A cirurgia refrativa pode mudar vidas, mas não é uma solução padrão para todos. Avaliações criteriosas, exames completos e escuta atenta ao histórico do paciente são indispensáveis para garantir a segurança do procedimento.
Se você sonha em se livrar dos óculos, converse com seu oftalmologista. Juntos, vocês podem encontrar a melhor forma de cuidar da sua visão com segurança e qualidade.
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