As injeções intravítreas consistem na administração de alguma medicação na cavidade vítrea, ou seja, no centro do globo ocular. Para a maioria das pessoas, uma injeção no olho pode soar como um procedimento extremamente doloroso e, às vezes, intolerável – mas, é o contrário do que se pensa, é extremamente seguro e bastante tolerável.
A injeção Intravítrea representa um dos maiores avanços nas técnicas para o tratamento das doenças na retina. Entretanto, não se trata de um procedimento novo: no passado, antibióticos, antifúngicos e anti-inflamatórios já eram administrados por esta via. Atualmente, porém, o surgimento das medicações antiangiogênicas é que realmente começou a melhorar, de forma cientificamente comprovada, os resultados das injeções intravítreas.
As medicações antiangiogênicas conseguem interferir no mecanismo responsável pela formação da neovascularização subretiniana, quando temos falta de oxigenação na retina, impedindo o crescimento e neutralizando a proliferação endotelial vascular através de anticorpos humanizados.
O procedimento é indicado para todas as doenças na retina que possam levar à formação de vasos sanguíneos anômalos (neovasos), tais como:
– DMRI (Degeneração macular Relacionada a Idade) forma úmida;
– Membrana Neovascular Subretiniana;
– Retinopatia Diabética;
– Oclusões Venosas (tromboses na retina);
– Glaucomas;
– Edema Macular.
As medicações mais utilizadas no mundo todo são o Bevacizumab (Avastim) , o ranibizumabe (Lucentis) e o aflibercept (Eylea).
A realização do procedimento é muito simples, com duração de, aproximadamente, cinco minutos. É indolor e a anestesia normalmente é tópica, com colírio ou gel anestésico. Alguns médicos preferem realizar o procedimento com anestesia local através de um pequeno bloqueio com o objetivo de gerar mais conforto para o paciente.