Não é só uma gotinha: conheça os perigos da automedicação oftalmológica

25 agosto, 2021     Nenhum comentário     TWM

O colírio pode parecer um medicamento inofensivo. Com uma gotinha, o incômodo que estava sentido naquele momento desaparece. Porém, na realidade a prática da automedicação oftalmológica provoca inúmeros danos para a saúde ocular.

É comum conversar com pessoas próximas, contar sobre dores ou qualquer outro incômodo que sentimos. Nesse pequeno diálogo, existe a possibilidade da pessoa se identificar com o problema e apresentar um medicamento que a ajudou.

Em um primeiro momento, a ideia de comprar o mesmo remédio que a pessoa usou parece uma boa ideia. Entretanto, na prática, essa atitude sua ocasionar reações alérgicas, intoxicações e, nos casos mais graves, levar à morte.

Quais são os riscos da automedicação oftalmológica?

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência da automedicação. Para a saúde ocular, essa prática pode até causar novas doenças.

Usar medicamentos para os olhos sem prescrição médica é uma prática que também pode mascarar os sintomas de uma doença. Em alguns casos, a medicação pode interagir com outro tratamento que o paciente já utiliza, e provocar um episódio de intoxicação.

É importante destacar que os colírios são um tipo de medicação. Eles podem parecer gotinhas inofensivas, mas dependendo do tipo de ação do remédio, ele é capaz de alterar até a contração de vasos sanguíneos.

Os colírios do tipo vasoconstritores, por exemplo, são capazes de alterar o ritmo cardíaco. Com isso, o medicamento pode ocasionar a elevação da pressão arterial.

Dependendo do princípio ativo do colírio, ele pode contribuir para o desenvolvimento de doenças, como o glaucoma e a catarata. Veja, a seguir, algumas complicações que a automedicação oftalmológica pode contribuir para o desenvolvimento.

Mais chances de desenvolver glaucoma e catarata

Associada a uma degradação do nervo óptico, o glaucoma é uma doença relacionada à pressão intraocular, aquela que acontece dentro dos nossos olhos. O uso indiscriminado de alguns medicamentos pode contribuir para o aumento dessa pressão.

Com isso, o uso de medicamentos, como os colírios com corticoide, pode alterar a pressão dos olhos. As consequências são a possibilidade de desenvolver várias doenças oftalmológicas, principalmente o glaucoma.

Além do glaucoma, outra doença associada à automedicação é a catarata. Ligada a perda da transparência do cristalino, a doença afeta o processo de formação de imagens. A catarata é comum em pessoas idosas.

Isso porque, com a idade, o cristalino fica opaco. No entanto, o uso de colírios com substâncias como corticóide podem desencadear a doença que, antes, a pessoa não possuía.

Possibilidade de desencadear doenças cardiovasculares

Sim, o colírio sem prescrição médica pode gerar doenças cardiovasculares. Apesar de parecer inofensivo, o medicamento é capaz de afetar e provocar doenças em outros órgãos do nosso corpo, como o coração.

Como já citamos anteriormente, existem alguns tipos de colírios, dentre eles, o vasoconstritor. Geralmente indicado no tratamento para reduzir a vermelhidão dos olhos, esse tipo de colírio é contraindicado para pessoas com cardiopatias.

O perigo dessa medicação acontece durante a sua aplicação. Através do canal lacrimal, o colírio chega até a corrente sanguínea. Por isso, é fundamental não praticar a automedicação.

Caso tenha percebido algum incômodo nos olhos ou deseja fazer um checkup da sua saúde ocular, agende um horário do Centro de Oftalmologia Avançada.


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